Querida(o) Amiga(o),
Eu conheço empresários donos de empresas dos mais variados tamanhos, empresas com quatro funcionários, quarenta funcionários, quatrocentos funcionários e quatro mil funcionários. Todos esses empresários, sem exceção, mesmo sem se conhecerem, têm algo em comum. Eles acreditam na mesma coisa, "Eu quero crescer, conquistar, fazer, acontecer", "Mas será que dá para fazer tudo isso sem precisar contratar mais pessoas?", "É muito difícil encontrar grandes seres humanos, gente que faz, pessoas apaixonadas", "O que se vê por aí é muita gente confusa, cansada, desanimada, infeliz, que pedem muito mas dão muito pouco, exigem desafios mas não suportam dificuldades, entregam nada e cobram muito", "Trabalham porque é preciso trabalhar, porque precisam de dinheiro para comprar seus sonhos, suas frustrações; não porque querem construir algo para a humanidade".
Eu conheço empresários donos de empresas dos mais variados tamanhos, empresas com quatro funcionários, quarenta funcionários, quatrocentos funcionários e quatro mil funcionários. Todos esses empresários, sem exceção, mesmo sem se conhecerem, têm algo em comum. Eles acreditam na mesma coisa, "Eu quero crescer, conquistar, fazer, acontecer", "Mas será que dá para fazer tudo isso sem precisar contratar mais pessoas?", "É muito difícil encontrar grandes seres humanos, gente que faz, pessoas apaixonadas", "O que se vê por aí é muita gente confusa, cansada, desanimada, infeliz, que pedem muito mas dão muito pouco, exigem desafios mas não suportam dificuldades, entregam nada e cobram muito", "Trabalham porque é preciso trabalhar, porque precisam de dinheiro para comprar seus sonhos, suas frustrações; não porque querem construir algo para a humanidade".
O sinal estava fechado. O vidro do carro também. O Sol queimava lá fora.
O ar-condicionado esfriava lá dentro. O vendedor ambulante com suas caixas de morangos vermelhos, grandes e bonitos, se aproximou pelo lado direito do carro, do meu lado, onde eu era passageiro naquele dia, no banco da frente. "R$ 5 reais, Doutor", "R$ 5 reais a caixa de morangos", "Dá uma olhada, não tem nada mais bonito", "Leva Doutor, o Senhor não vai se arrepender", "É o melhor presente que você poderia dar a sua esposa hoje", "Não vai querer?", "Eu faço duas caixas por R$ 5 reais", "Leva Doutor, cada caixa tem 30 morangos selecionados", "Nem mesmo naquele shopping de grã-finos ali o Senhor vai encontrar esses morangos", "Leva Doutor, abaixo o vidro, leva o morango".
O Sinal abriu.
O trânsito era intenso naquela avenida movimentada.
O nosso carro era o quinto na fila da esquerda, a faixa mais rápida.
Havia ainda tempo antes de começarmos a andar.
Eu abaixei o vidro para comprar.
"Que legal! O Senhor não vai se arrepender".
Atrás de nós os carros começavam a buzinar exigindo que seguíssemos em frente.Dentro do carro, eu me contorcia para encontrar em algum lugar escondido na mala do meu notebook, no banco de atrás do carro, R$ 5 reais para comprar os morangos.
Enquanto isso, o meu amigo motorista gritou para o vendedor, "Amigo, vem atrás da gente, vou parar ali na frente".
O meu amigo motorista começou a andar. A 5 km por hora, 10 km por hora, 15 km por hora.
O próximo farol devia estar a uns quinhentos metros a frente.
Eu encontrei R$ 10 reais. O carro estava a 40 km por hora. O Vendedor de Morangos estava agora no meio fio, do lado do motorista, correndo atrás de nós como um louco, naquele calor de verão escaldante de mais um dia maravilhoso na cidade do Rio de Janeiro.
Os poucos metros viraram muitos metros, muitos metros viraram uma centena, duas centenas de metros.
Quando olhei aquele vendedor correndo atrás da gente, por R$ 5 reais, com energia e paixão, não pude conter as lágrimas, nem eu, nem meu amigo, como não posso conter agora, ou sempre que me lembro desse momento mágico, quando me recordo daquele rapaz, aparentemente sem educação, aparentemente sem boa aparência, aparentemente sem família, aparentemente sem trabalho, aparentemente sem esperança, aparentemente sem paixão, encontrar em uma caixa de morango e em nós, uma vontade incrível de fazer a coisa certa.
Quando olhei aquele vendedor correndo atrás da gente, por R$ 5 reais, com energia e paixão, não pude conter as lágrimas, nem eu, nem meu amigo, como não posso conter agora, ou sempre que me lembro desse momento mágico, quando me recordo daquele rapaz, aparentemente sem educação, aparentemente sem boa aparência, aparentemente sem família, aparentemente sem trabalho, aparentemente sem esperança, aparentemente sem paixão, encontrar em uma caixa de morango e em nós, uma vontade incrível de fazer a coisa certa.
A paixão pela vida.
Algumas dezenas de metros a frente, o meu amigo conseguiu finalmente encontrar uma maneira de estacionar o carro sem atrapalhar o trânsito naquela avenida expressa. Segundos depois, chegava o Vendedor. Nós olhamos nos olhos dele, emocionados, ele olhou nos nossos olhos, sorridente.
Eu dei a ele R$ 10 reais. Ele ia me dar o troco quando dissemos a ele, "Fique com tudo!", "Você merece", "Obrigado pela aula", "Você ensinou alguma coisa para nós hoje", "Para nós e para todos aqueles que tiveram a oportunidade de vê-lo trabalhar hoje", "Por favor continue assim", "Seja assim", "Essa cidade precisa de você".
Paixão não é exclusividade de ninguém, você vê ela em Empresários e em Vendedores Ambulantes, em iraquianos e americanos.
Complacência, o oposto de Paixão, também não é exclusividade de ninguém, você vê ela em Empresários e em Vendedores Ambulantes, em iraquianos e americanos.
Ser apaixonado pelo trabalho que faz é muito pouco. Seres Humanos apaixonados de verdade são apaixonados por tudo que tem, por tudo que fazem, por todos que conhecem e por todos que encontram.
Eu sou apaixonado por pessoas apaixonadas. Elas valem a vida! Pessoas apaixonadas são Conservadoras e Radicais, Inovadoras e Responsáveis, Inflexíveis e Sensíveis, elas têm o melhor dos sentimentos dentro de si, a paixão por melhorar as coisas, salvar o mundo e representar a raça humana.
Uma caixa de morangos.
Uma caixa de morangos.
Nada menos que isso interessa.
QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?
QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?
Autor: Ricardo Jordão Magalhães
Um comentário:
Poxa, que legal!
O Jovem é um baita exemplo!!!
Agora, na minha humilde opinião, que tal seria, você, um bem sucedido executivo, ter em mãos um livro, e um cartão pessoal SEU para fomentar essa alma com o conhecimento necessário para que ele saia deste estado APARENTEMENTE "nem tão bom", e passe para um estado "REALMENTE BOM" ???
Acredito que pessoas do nível de vocês devem procurar talentos todos os dias. O cara é um BAITA vendedor! Eu mesmo levei meses para aprender à vender VALOR, sempre vendi características. O muleque tem isso no sangue... Uma merreca que você investisse nele, já mudaria metade do mundo.
Certa vez, veio um jovem de 10 anos mais ou menos, e me pediu dinheiro para comprar um salgado.
Questionei o cidadãozinho e ao final ele disse que não trabalharia pois era mais fácil PEDIR.
Procuro, sempre que posso pessoas às quais estejam em "estado de desaproveitamento" e tento dar idéias.
Só consegui que comprassem idéias minhas uma única vez. Os demais, preferem continuar como antes...
Mudemos o mundo.
VAmos tentar ajudar UMA pessoa de cada vez...
Marcus Vinícius Paiva
Papai, quando crescer NÃO quero ser anão-
Para roubar, renunciar e voltar na próxima eleição...
Paralamas do Sucesso.
Postar um comentário