"Você esta com medo das grandes?"
"Eu sou do ramo."
Foi com essa frase que o Presidente e Fundador da Azul terminou a entrevista com Doria Junior na rede tv. Não achei a entrevista para postar aqui mas leia abaixo um pouquinho sobre o lançamento da Azul no mercado brasileiro em meio a uma das maiores crises mundias. Genial.
A novata Azul se prepara para disputar o mercado aéreo brasileiro com as veteranas TAM e Gol.
Nem os entraves burocráticos para dar início às operações nem a crise mundial afetaram os planos de lançamento da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a nova empresa de David Neeleman, o criador da americana JetBlue. Apesar de conversas diárias sobre o cenário internacional e dos reflexos da crise no solo brasileiro, os executivos da Azul não adiaram o plano de colocar seus jatos no ar ainda em dezembro. Ao contrário. “Estamos com sete aviões pintados na Embraer e já vendemos milhares de passagens”, afirmou Johannes Castellano, diretor de recursos humanos da Azul. De abril até o final de 2008, a empresa entrou numa corrida contra o tempo para contratar, treinar seus 800 funcionários e colocar a operação em funcionamento. “Não estamos encarando a crise como um problema, mas como um fato a ser trabalhado”, diz Johannes. “Estamos otimistas, mas com os pés no chão.” Isso significa que, apesar de não mudar o projeto original, não deixaram de rever alguns pontos no plano de negócio. Um exemplo é a cautela em relação à frota de aviões.
O plano mais modesto até cinco meses atrás era fechar o ano com 12 aeronaves e o mais otimista com 17. “Devemos pensar em 12 mesmo”, afirma Johannes. Parece sábio rever possíveis rotas neste momento. Além de todas as dificuldades administrativas encontradas, entre elas a proibição de operar no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a Azul vai decolar num momento desfavorável do setor. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), depois de sucessivos meses de forte demanda, registra-se agora as primeiras quedas na procura por tíquetes. No mês de outubro houve uma redução de 3,9% no número de passageiros em relação ao mesmo período do ano passado. A queda persistiu em novembro, com índice 1% inferior ao de 2007. “Abrir uma empresa na crise pode às vezes significar uma oportunidade quando os concorrentes estão enfraquecidos”, afirma André Castellini, especialista em setor aéreo da consultoria Bain & Company. Não é o que acontece no Brasil.
As líderes TAM e Gol dominam quase 90% do mercado e juntas têm mais de 220 aeronaves. A única vantagem de abrir uma empresa aérea agora, afirma o consultor, é o preço do petróleo, que está baixo. “Mas é claro que muitas vezes não dá simplesmente para adiar os planos”, diz ele. “Há pessoas envolvidas e contratos a serem respeitados.” É assim que a Azul se encontra. Ela preparou muito bem a casa para começar a operar. Em maio, a companhia de David Neeleman tinha apenas 15 funcionários. O processo de seleção precisou, portanto, ser rápido e certeiro. “Procuramos os melhores profissionais já razoavelmente prontos para o trabalho”, diz Johannes. Seduzidos pela oportunidade de ver uma empresa nascer do zero, vieram pessoas da Toyota, da divisão de aviação da GE e, claro, de suas principais concorrentes, além de antigos funcionários da Varig.
Após a seleção, foi preciso muitas horas de treinamento, que consumiram um total de 4 milhões de reais. Todos os programas buscaram enfatizar a cultura da empresa, que mantém o foco na segurança e nas relações humanas. “Acreditamos que é preciso aproximar o pessoal que está embaixo da asa com o pessoal que está em cima da asa”, diz Johannes, que vê na cultura da Azul seu diferencial frente à concorrência e a chance de se destacar no mercado. “Nosso projeto é maior que a crise”, diz ele, otimista, num cenário de maus ventos.
Fonte Exame.
O cara esta começando sua operação em um momento totalmente conturbado... sabe por que ele faz isso, porque não tem medo de errar e se ele quebrar aqui começa tudo novamente em outro lugar. Empreendedorismo é isso. Só isso. Coragem e atitude. Sabe aquele negócio que você sempre quis montar? Não esta na hora de pelo menos fazer o plano de negócio e programar a realização desse sonho. Ação, vamos, vamos...
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